terça-feira, 29 de novembro de 2011

Video: Inclusão da temática "História e Cultura Afro-Brasileira" na rede de ensino.

Vídeo realizado para avaliação final da disciplina Psicologia da Educação ministrada pelo Prof. Marcelo Abreu,  na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, unidade Maracanã, Faculdade de Educação, no período 2011.2, na Turma 10.

sábado, 19 de novembro de 2011

LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008.

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o O art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.” (NR)
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 10 de março de 2008; 187o da Independência e 120o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad

CLIQUE AQUI PARA LER A "LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996." NA ÍNTEGRA

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O Professor como Mediador na Desconstrução do Preconceito em Sala de Aula

O Professor como Mediador na Desconstrução do Preconceito em Sala de Aula


Por Maria de Oliveira

O racismo surge na cultura ocidental, respondendo à necessidade de conceber como inferior um grupo para que assim legitimasse a sua exploração. Crescemos sendo bombardeados de concepções racistas, escutamos piadas ( e como diz o cantor "gabriel, o pensador" em sua letra de música "racismo é burrice": piadas que teriam bem mais graça/Se não fossem o retrato da nossa ignorância) contendo racismo e rimos como se fosse algo natural e engraçado inferiorizar alguém pela sua origem étnica. Enxergamos o mundo sob a ótica européia, tendo esta como modelo e por isso somos levados a acreditar numa hierarquia na qual o branco é superior. Mas... não. O branco não é o melhor. Achamos isto porque nascemos, crescemos e continuamos tendo a sociedade européia como referência. Os cabelos crespos são classificados como “ruins” porque o ponto de referência é o do europeu, que é liso, e é o “bom”. Diante disto, todos diferentes são inferiores, tratados de maneira pejorativa. O racismo se baseia na desinformação e na ignorância.
O Brasil é um país em que desde a sua colonização sofreu intensa miscigenação e por esta razão constrói-se a idéia de ausência de racismo, porém a democracia racial brasileira é um mito, pois o racismo desferido aos negros pela sociedade brasileira se reproduz nas mais diversas formas: costumes, gestos, vocabulários ("coisa de preto") que muitas vezes passam despercebidos porque tais já estão naturalizados como, por exemplo, a “inocente” expressão “até que é um preto bonito” como se ser negro bonito fosse uma exceção à regra. Um ponto que dificulta o combate ao racismo é o fato de este acontecer majoritariamente velado. Um fato que ilustra muito bem tal forma de racismos são os comentários de uma usuária do Youtube num vídeo ( que será exibido mais à frente, sobre racismo) que ao expor sua opinião, externaliza o racismo que há dentro de si, sem se dar conta, pois pra ela é tal natural conceber o branco como o superior. Irei postar apenas um, dos seus vários comentários.
Observem:
@Julinhaaaa2 Em que parte de meus comentários afirmei que todas as mulheres brancas são lindas e que todas as pretas são feias?Apenas disse que a grande maioria tende a sentir maior atração por pessoas brancas, pois brancas tendem a possuir melhor aparência. Isso não quer dizer que todas as pessoas brancas são belas.
PS: Se chamar um preto de "preto" é racismo, então os brancos deveriam processar quem lhes chamam de "brancos". Inclusive o termo "pessoa preta" consta como correto pelo IBGE.”
Até em sala de aula é difícil esta discussão, pois no Brasil a discriminação racial é crime, então poucas são as pessoas que externalizam o seu preconceito e dá uma falsa ilusão de que nao há o que se discutir, pois simplesmente não há. No entanto, tais costumes segregacionistas podem vir a causar dramas nas pessoas que são negras, desde a sua infância; a começar pela sala de aula, espaço que possibilita a construção de sua identidade. Um exemplo clássico é a adoção de histórias infantis contendo como protagonistas personagens brancos, como “A Branca de Neves e os sete anões”, fazendo com que as se crianças negras imaginem como tais e de certa forma a segregarem as suas próprias identidades. Como evidenciado neste vídeo, que é um teste de racismo realizado com crianças negras (americanas):



Ou seja, voltando à importância da discussão em sala de aula, o professor tem um papel importantíssimo, já que ele ajudará a construir a identidade de cada criança e dependendo de sua abordagem ao tratar os diversos assuntos,
como por exemplo, ensinar a história do negro no Brasil remetendo apenas à escravidão, relegando-o a mera mão de obra escrava, pode contribuir mais ainda o agravamento do racismo e as crianças negras se sentirem inferiorizadas e até mesmo negar a sua origem. O professor também precisa saber se portar diante de atitudes racistas entre seus alunos, pois ao presenciar uma prática de racismo e se abster diante da cena, estará consentindo que tal atitude seja praticada.
Atualmente, é lei expor sobre a história e cultura afro-brasileira e indígena. A matéria, apesar de haver muita resistência, o despreparo e até falta do conhecimento desta lei por parte de muitos docentes, entrou oficialmente no currículo escolar a partir do ano de 2003 e foi modificada para a inclusão da figura indígena no ano de 2008. É essencial que essa discussão seja feita com os alunos, uma exposição positiva sobre a história da África, a luta dos negros no Brasil, sua influencia em nossos vocabulários, costumes, culinária etc, pois apesar de haver ainda muito a se avançar, a criação da lei é um passo importante para que os negros brasileiros sejam vistos como indivíduos que contribuíram significativamente na formação da identidade nacional, pois como era ensinada, a figura do negro era sempre atrelada à meramente mão de obra escrava.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Documentário: O Povo Brasileiro

O Povo Brasileiro por Darcy Ribeiro
Documentário Co-produzida pela TV Cultura, a GNT e a Fundar, a série conta com a participação de Chico Buarque, Tom Zé, Antônio Cândido, Aziz Ab´Saber, Paulo Vanzolini, Gilberto Gil, Hermano Vianna, entre outras personalidades.

O Povo Brasileiro é uma recriação da narrativa de Darcy Ribeiro, e discute a formação dos brasileiros, sua origem mestiça e a singularidade do sincretismo cultural que dela resultou. Com imagens captadas em todo o Brasil, material de arquivo raro e depoimentos, a série é um programa indispensável para educadores, estudantes e todos os interessados em conhecer um pouco mais sobre o nosso país.

O antropólogo Darcy Ribeiro (1913-1997) foi um dos maiores intelectuais brasileiros do século XX. Esses vídeos mostram os programas da série baseada na obra central de Darcy: O Povo Brasileiro, em que o autor responde à questão "quem são os brasileiros?", investigando a formação do nosso povo. Darcy Ribeiro em seu livro "O Povo Brasileiro" de 1995 aborda a constituição do povo brasileiro a partir de três matrizes culturais, a matriz afro, lusa e tupi.

Matriz Afro

"Toda a cultura brasileira está impregnada da herança africana. Sua presença fez quase tudo o que aqui se fez", diz Darcy Ribeiro neste programa que fala do conjunto das culturas negroafricanas que estão na base de nossa formação. O documentário nos faz conhecer a força, o requinte e a sofisticação dos bantos, haussás, jejes e yorubás que atravessaram o Atlântico no maior movimento de migração compulsória de que se tem notícia.
Fonte: http://forumeja.org.br/book/export/html/1236

Parte do DVD - O povo brasileiro de Darcy Ribeiro

A inclusão de História e Cultura Afro-brasileira no currículo escolar

A inclusão de História e Cultura Afro-brasileira no currículo escolar

O vídeo apresenta uma entrevista com o professor e escritor José Carlos Limeira no programa “Educação em Pauta” transmitida pelo Canal TVE Bahia, onde se aborda a inclusão de História e cultura afro-brasileira no currículo escolar, mostrando o caso da escola Mãe Hilda localizada na sede do Ilê Aiyê, que é um movimento negro nascido de um bloco de carnaval que busca a autoafirmação cultural dos grupos negros. O movimento mantém projetos sociais que visam à inserção dos afrodescendentes na sociedade brasileira, sendo um dos projetos a Escola de Alfabetização Mãe Hilda que é composta em sua maioria por alunos afrodescendentes.

Site do Movimento: